Um
certo dia uma moça bonita e bem resolvida, porém frágil, foi a um café como já
lhe era de costume e enquanto lia seu jornal matinal percebeu que ali havia um
rapaz diferente; observou e permaneceu quieta entre as folhas perante a face,
quando aquele rapaz dirigiu-se a sua mesa e perguntou:
-
O que desejas senhorita ?
E
nesse exato momento predominou o silêncio uma intensa toca de olhares, e aquele
instante para eles é como se o mundo tivesse parado e houvessem apenas os dois
ali, como nos filmes românticos só faltava a trilha sonora, e o que aconteceu
foi aquilo que chamam de amor a primeira vista.Quando voltaram a si ela
respondeu a pergunta:
-
Um cappuccino e um amor bem fresquinhos por favor.
E
ele com um sorriso maroto anotou o pedido e saiu; trouxe-o mais rápido possível
e junto com a pequena caneca branca veio uma linda rosa vermelha acompanhada
por um bilhete de guardanapo que dizia: “Oh bela moça, estou encantado com o
teu olhar.”, colocou a bandeja na mesa e saiu. Ela pediu a conta e pagou com
seu cartão, ele olhou seu nome e não hesitou a pedir seu numero, ela deu o numero,
mas com o nervoso momentâneo de ser correspondida esqueceu-se de pedir o dele.
No seu percurso de volta do trabalho para casa não deixou de pensar nele,
quando antes de dormir o telefone toca e ela atende esperançosa:
-
Alô ?
-
Oi sou eu do café...só queria avisar que já se tornou meu ultimo pensamento ao
dormir e sinto que será o primeiro ao acordar...
E
imediatamente um enorme sorriso brotou em seu rosto. Se encontraram uma vez
depois que se viram no café, conversaram e se divertiram, até que na segunda
vez foi o momento mágico, o beijo do casal. Anos depois juntos, se casaram, e
para completar a felicidade ela engravidou, quiseram saber o sexo do bebê
somente na hora do nascimento, quando ele resolveu revelar que não somente a
amava mais, e sim duas mulheres, ela ficou chocada e começou a chorar, foi
quando ele completou que essa mulher a chamaria de mamãe.
Eis
que o amor pode surgir onde menos esperamos e com quem jamais pudéssemos imaginar.
(Juliana Soares)