Este é Zé que inibido no seu pranto não ama ninguém. Pois não teve amor, amor de mãe, ninguém amou, amou ninguém, amor não teve e não teve amor. Este é Zé que na angustia da vida não buscou.
Sofrido Zé que a mãe cedo perdeu, seu pai na sede de suprir não conseguiu e também morreu. Solitário Zé que tanto sofre na ânsia de saber o que é amor e afeto vive utopicamente. Coitado Zé, que não sabe o quanto é sortudo por não sofrer de clichê, o mais clichê dos clichês, o sinônimo de amor. Quero que saiba Zé que solitário não é, pois tantas pessoas sofrem desse clichê assim como você. Não pare Zé, não deixe de respirar, quando se sentir sozinho pega a solidão e dança. Zé que é incrível e não demonstra, Zé que não é Zé, o mesmo que não sabe quem é e não conhece Zé. Esse é só mais um José da Silva, de todos da imensidão de clichês destintos e de tanta destinação. Que o destino abusa e acusa de ser apenas um Zé ninguém.
Juliana Soares - 27/05/2013